Saddam Hussein V
quarta-feira, 3 de janeiro de 2007 22:56
A mais absurda, quase monty python, atitude é a prisão anunciada há horas do guarda que filmou, num celular, o enforcamento do Saddam.
"O Sr. está preso acusado de atentar contra a covardia e a subserviência institucional, contra o ocultamento de provas, e contra o direito de negar um julgamento justo em foro internacional livre de um governo de ocupação! "
Abs
Pitanga
----- Original Message -----
From: atendimento@euclidesoliveiraarquiteto.com.br
To: Pitanga do Amparo
Sent: Thursday, January 04, 2007 11:22 AM
Subject: Re: Saddam Hussein III - A ameaça fantasma
Prezado Joatan, não se trata da divisão maniqueista do mundo entre os que apoiam e os que combatem Bush (que não passa de um babaca manipulado pela extrema-direita norte-americana), mas dos que são contra ou a favor do Imperialismo, seja ele militar, econômico ou cultural (os três costumam andar juntos).
Não há como negar o Imperialismo em seus múltiplos aspectos como o agente formador do atual estado
norte-americano; para começar, depois da guerra civil norte-sul, houve a grande marcha para o oeste quando não apenas foram anexadas as terras pertencentes aos indígenas mas também o genocídio foi cruelmente aplicado a eles pelo exército dos EUA, a título de "pacificação". Depois, com a descoberta do ouro na California, vieram as guerras com o México e a anexação dos territórios ao norte do Rio Grande. Igualmente, como consequencia da guerra com a Espanha, vieram as anexações de Porto Rico, Guam e das Filipinas, palco também de uma revolta nativa duramente reprimida; meteram-se também (haviam formado uma poderosa marinha de guerra, evidentemente com intuitos imperialistas) com a repressão aos Boxers, na China e abocanharam o Hawaí sufocando à ferro e fogo a revolta dos nativos.
E há o "Teddy" Roosevelt que virou sua atenção para as Américas Central e do Sul, começando por tomar o Panamá da Colombia (outra guerra) para fazer o seu canal e que dava o seguinte conselho de política externa responsável: "Speak softly and carry a big stick". Depois dele contam-se trinta e duas intervenções dos "marines" na América Central e no Caribe; uma delas, na Nicarágua, durou vinte e um anos. Nos EUA, o imperialismo transformou-se em "Destino Manifesto" de intervir em qualquer parte do mundo em que as coisas não corriam a seu gosto. Depois vieram a Coréia, a Costa Rica, a pequenina ilha de Granada, novamente o Panamá, a tentativa de invadir Cuba, o Vietnã, o Líbano...é cansativo ficar enumerando esta lista imensa de desmandos imperiais. E é por isto, este arrogante sentimento de superioridade perante o resto do mundo (vindo de um país onde há até quarenta anos atrás vigorava o mais repulsivo "apartheid", onde se ignoravam os mais elementares direitos humanos) e este "Destino Manifesto" de combater a qualquer custo os que não se sujeitam à sua vontade, que boa parte do mundo é "contra" este Estado, no momento chefiado por um fantoche de orelhas grandes.
Abs.
Euclides.
PS. - O Ariano Suassuna vive dizendo que não é necessário os EUA enviarem seus "marines" para conquistar um país; basta mandarem na frente a coca-cola, o macdonald's, os filmes de Holywood...
---------- Forwarded message ----------
From: Pérola de Carvalho
margaritamaris@terra.com.br
Date: 03/01/2007 20:58
Subject: Re: Saddam Hussein III - A ameaça fantasma
To: Undisclosed-Recipient
Amigo Internauta Pitanga do Amparo
Li o extenso arrazoado sobre a morte de Saddan Hussein e dele extraí três observações que, para mim, soam como fundamentais:
1ª) Se S.H. cometeu crimes contra a humanidade, foi um erro julgá-lo em tribunal praticamente privado e de caráter estritamente nacional, onde o processo todo ficou arquivado e longe da possibilidade de um exame atento e isento por parte da opinião
pública internacional.
2ª) Tal atitude justifica que se configure como "decisão tendenciosa" e "queima de arquivo" a sentença pronunciada, já que o acusado se achava sob custódia de governo estrangeiro de ocupação, diretamente interessado no resultado do julgamento.
3ª) Mas fica, mais que tudo, evidente a inoperância dos organismos de justiça internacionais e da própria opinião pública internacional por não terem tido, baseados nesses dois pontos básicos, a coragem e a hombridade de exigir, em tempo hábil (e tempo houve para isso), a anulação desse julgamento e a imediata entrega de S.H. a uma Côrte Internacional de Justiça em país neutro, onde o acusado ficasse detido até a sentença final.
Indignar-se agora, desesperar agora, deblaterar agora... que valha como lição para nós todos, que, ao fim e ao cabo, somos parte dessa "opinião pública internacional" -- tão indignada, tão desesperada, tão vociferante -- mas tão espantosamente inoperante.
Está na hora de mudar, não acham
Pérola de Carvalho.
"O Sr. está preso acusado de atentar contra a covardia e a subserviência institucional, contra o ocultamento de provas, e contra o direito de negar um julgamento justo em foro internacional livre de um governo de ocupação! "
Abs
Pitanga
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From: atendimento@euclidesoliveiraarquiteto.com.br
To: Pitanga do Amparo
Sent: Thursday, January 04, 2007 11:22 AM
Subject: Re: Saddam Hussein III - A ameaça fantasma
Prezado Joatan, não se trata da divisão maniqueista do mundo entre os que apoiam e os que combatem Bush (que não passa de um babaca manipulado pela extrema-direita norte-americana), mas dos que são contra ou a favor do Imperialismo, seja ele militar, econômico ou cultural (os três costumam andar juntos).
Não há como negar o Imperialismo em seus múltiplos aspectos como o agente formador do atual estado
norte-americano; para começar, depois da guerra civil norte-sul, houve a grande marcha para o oeste quando não apenas foram anexadas as terras pertencentes aos indígenas mas também o genocídio foi cruelmente aplicado a eles pelo exército dos EUA, a título de "pacificação". Depois, com a descoberta do ouro na California, vieram as guerras com o México e a anexação dos territórios ao norte do Rio Grande. Igualmente, como consequencia da guerra com a Espanha, vieram as anexações de Porto Rico, Guam e das Filipinas, palco também de uma revolta nativa duramente reprimida; meteram-se também (haviam formado uma poderosa marinha de guerra, evidentemente com intuitos imperialistas) com a repressão aos Boxers, na China e abocanharam o Hawaí sufocando à ferro e fogo a revolta dos nativos.
E há o "Teddy" Roosevelt que virou sua atenção para as Américas Central e do Sul, começando por tomar o Panamá da Colombia (outra guerra) para fazer o seu canal e que dava o seguinte conselho de política externa responsável: "Speak softly and carry a big stick". Depois dele contam-se trinta e duas intervenções dos "marines" na América Central e no Caribe; uma delas, na Nicarágua, durou vinte e um anos. Nos EUA, o imperialismo transformou-se em "Destino Manifesto" de intervir em qualquer parte do mundo em que as coisas não corriam a seu gosto. Depois vieram a Coréia, a Costa Rica, a pequenina ilha de Granada, novamente o Panamá, a tentativa de invadir Cuba, o Vietnã, o Líbano...é cansativo ficar enumerando esta lista imensa de desmandos imperiais. E é por isto, este arrogante sentimento de superioridade perante o resto do mundo (vindo de um país onde há até quarenta anos atrás vigorava o mais repulsivo "apartheid", onde se ignoravam os mais elementares direitos humanos) e este "Destino Manifesto" de combater a qualquer custo os que não se sujeitam à sua vontade, que boa parte do mundo é "contra" este Estado, no momento chefiado por um fantoche de orelhas grandes.
Abs.
Euclides.
PS. - O Ariano Suassuna vive dizendo que não é necessário os EUA enviarem seus "marines" para conquistar um país; basta mandarem na frente a coca-cola, o macdonald's, os filmes de Holywood...
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From: Pérola de Carvalho
margaritamaris@terra.com.br
Date: 03/01/2007 20:58
Subject: Re: Saddam Hussein III - A ameaça fantasma
To: Undisclosed-Recipient
Amigo Internauta Pitanga do Amparo
Li o extenso arrazoado sobre a morte de Saddan Hussein e dele extraí três observações que, para mim, soam como fundamentais:
1ª) Se S.H. cometeu crimes contra a humanidade, foi um erro julgá-lo em tribunal praticamente privado e de caráter estritamente nacional, onde o processo todo ficou arquivado e longe da possibilidade de um exame atento e isento por parte da opinião
pública internacional.
2ª) Tal atitude justifica que se configure como "decisão tendenciosa" e "queima de arquivo" a sentença pronunciada, já que o acusado se achava sob custódia de governo estrangeiro de ocupação, diretamente interessado no resultado do julgamento.
3ª) Mas fica, mais que tudo, evidente a inoperância dos organismos de justiça internacionais e da própria opinião pública internacional por não terem tido, baseados nesses dois pontos básicos, a coragem e a hombridade de exigir, em tempo hábil (e tempo houve para isso), a anulação desse julgamento e a imediata entrega de S.H. a uma Côrte Internacional de Justiça em país neutro, onde o acusado ficasse detido até a sentença final.
Indignar-se agora, desesperar agora, deblaterar agora... que valha como lição para nós todos, que, ao fim e ao cabo, somos parte dessa "opinião pública internacional" -- tão indignada, tão desesperada, tão vociferante -- mas tão espantosamente inoperante.
Está na hora de mudar, não acham
Pérola de Carvalho.
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From: Alberto Lira
To: Pitanga do Amparo
Sent: Wednesday, January 03, 2007 10:48 PM
Subject: SADDAM HUSSEIN VISTO DO PONTO DA BBC ET ALII: BRITICHI POINT DE VISTA. ASSIM É O MUNDO DA MEDIAMÍDIA
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/cluster/2006/12/061228_saddamhussein.shtml
From: Alberto Lira
To: Pitanga do Amparo
Sent: Wednesday, January 03, 2007 10:48 PM
Subject: SADDAM HUSSEIN VISTO DO PONTO DA BBC ET ALII: BRITICHI POINT DE VISTA. ASSIM É O MUNDO DA MEDIAMÍDIA
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/cluster/2006/12/061228_saddamhussein.shtml
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