Batatas fritas da Liberdade II
quarta-feira, 10 de janeiro de 2007 11:02
Pérola, andei muito ocupado esses dias por isso só agora pude retornar aos emails acumulados que exigiriam maior reflexão e acuidade na resposta.
Infelizmente não consigo concordar com as suas justificativas para um ato que, pessoalmente, considero genocídio.
Fazer guerreiro pressupõe honradez, dignidade e respeito às convenções internacionais de guerra. Atributos que o ato sorrateiro e covarde de lançar às escondidas, de milhares de pés de altura, um artefato infinitamente mais letal que a soma de todos os armamentos do adversário sobre a população civil de uma cidade, incluso mulheres e crianças indefesas, não contempla pois é um ato de frieza e desumanidade que fariam corar Hitler e Stalin.
De mocinho a bandido...mai nem que a vaca tussa! E sem caspas!
Abs
Pitanga
----- Original Message -----
From: Pérola de Carvalho
To: Undisclosed-Recipient:;
Sent: Sunday, January 07, 2007 10:19 PM
Subject: Re: Batatas fritas da Liberdade
Prof. Arquiteto PhD Pitanga do Amparo,
Graças às suas "batatas fritas", consegui entender, na medida de minha burrice arquitetônica, o que pretendiam dizer aqueles vídeos. Quanto às bombas atômicas, elas caem no domínio do fazer guerreiro.
Os japoneses não eram, na época, flores que se cheirassem. O rastro de crueldade que deixaram ao invadir a China é prova disso e mostra o perigo que representava a sua fúria bélica. Leia Momento em Pequim, essa belíssima obra de Lin Yutang, e verá o que eles fizeram com sua política de "terra arrasada" ao entrarem em Pequim. O governo japonês era, realmente, um poder imperialista em ascensão e, não por acaso, amigo íntimo do nazifascismo. Portanto, o lançamento da primeira bomba em Hiroshima foi, de fato, uma reação justificável por parte do governo norte-americano. A segunda, de Nagasáqui, é que foi um crime hediondamente inutil. Vivi aquela época.Li o livro de Lin Yutang. E, desculpe, mas não confundo alhos com bugalhos. Quem começa uma guerra, agüenta as conseqüências. E os povos que se danem.
Depois da segunda guerra mundial, coube aos EE.UU. assumirem essa posição de líder do expansionismo imperialista. E aí as coisas mudaram. De mocinho a bandido, não foi preciso muito. E no momento em que as nações européias (Inglaterra, França) retiravam, por empobrecimento, suas tropas das colônias africanas, asiáticas e até americanas, os EE.UU., em nome da democracia e da luta contra o comunismo, iam ocupando os espaços esvaziados.
Quanto àquele "mais" fora de propósito, ele até que se justifica dentro do contexto da frase: retrata o jeito popular de falar
um dito popular. Por isso, não se avexe. Ele até que cabe bem, dentro de uma frase entre aspas, assim: "Mais nem que a vaca tussa !" -- Afinal, já que se cita Ronald Golias, como toda citação, esta, também, merece aspas... não acha?
Tchau!
Pérola.
Infelizmente não consigo concordar com as suas justificativas para um ato que, pessoalmente, considero genocídio.
Fazer guerreiro pressupõe honradez, dignidade e respeito às convenções internacionais de guerra. Atributos que o ato sorrateiro e covarde de lançar às escondidas, de milhares de pés de altura, um artefato infinitamente mais letal que a soma de todos os armamentos do adversário sobre a população civil de uma cidade, incluso mulheres e crianças indefesas, não contempla pois é um ato de frieza e desumanidade que fariam corar Hitler e Stalin.
De mocinho a bandido...mai nem que a vaca tussa! E sem caspas!
Abs
Pitanga
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From: Pérola de Carvalho
To: Undisclosed-Recipient:;
Sent: Sunday, January 07, 2007 10:19 PM
Subject: Re: Batatas fritas da Liberdade
Prof. Arquiteto PhD Pitanga do Amparo,
Graças às suas "batatas fritas", consegui entender, na medida de minha burrice arquitetônica, o que pretendiam dizer aqueles vídeos. Quanto às bombas atômicas, elas caem no domínio do fazer guerreiro.
Os japoneses não eram, na época, flores que se cheirassem. O rastro de crueldade que deixaram ao invadir a China é prova disso e mostra o perigo que representava a sua fúria bélica. Leia Momento em Pequim, essa belíssima obra de Lin Yutang, e verá o que eles fizeram com sua política de "terra arrasada" ao entrarem em Pequim. O governo japonês era, realmente, um poder imperialista em ascensão e, não por acaso, amigo íntimo do nazifascismo. Portanto, o lançamento da primeira bomba em Hiroshima foi, de fato, uma reação justificável por parte do governo norte-americano. A segunda, de Nagasáqui, é que foi um crime hediondamente inutil. Vivi aquela época.Li o livro de Lin Yutang. E, desculpe, mas não confundo alhos com bugalhos. Quem começa uma guerra, agüenta as conseqüências. E os povos que se danem.
Depois da segunda guerra mundial, coube aos EE.UU. assumirem essa posição de líder do expansionismo imperialista. E aí as coisas mudaram. De mocinho a bandido, não foi preciso muito. E no momento em que as nações européias (Inglaterra, França) retiravam, por empobrecimento, suas tropas das colônias africanas, asiáticas e até americanas, os EE.UU., em nome da democracia e da luta contra o comunismo, iam ocupando os espaços esvaziados.
Quanto àquele "mais" fora de propósito, ele até que se justifica dentro do contexto da frase: retrata o jeito popular de falar
um dito popular. Por isso, não se avexe. Ele até que cabe bem, dentro de uma frase entre aspas, assim: "Mais nem que a vaca tussa !" -- Afinal, já que se cita Ronald Golias, como toda citação, esta, também, merece aspas... não acha?
Tchau!
Pérola.
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