quinta-feira, 7 de junho de 2007

Economia Euclidiana Tomo IIterça-feira, 28 de nove...

Economia Euclidiana Tomo II
terça-feira, 28 de novembro de 2006 19:18

Esse Tomo é só para os iniciados que aprofundaram seus conhecimentos com a Economia Pós-Euclidiana, apresentada no email anterior, e estudaram o Tomo I da Economia Eucliana.
Abs
Pitanga

----- Original Message -----
From: atendimento@euclidesoliveiraarquiteto.com.br
To: Eduardo Aguiar ; Pitanga do Amparo
Sent: Tuesday, November 28, 2006 1:19 PM
Subject: Re: Economia Euclidiana


Caro Eduardo,
Em primeiro lugar, não há como discutir-se economia sem levar em conta a sua (dela) ideologia; mas seja como for, vejo algumas incoerências em teu e-mail. Vamos lá.
1 - A China tem um PIB de dois trilhões e duzentos bilhões de dólares e uma população de um bilhão e trezentos milhões de habitantes, enquanto que o Brasil tem um PIB de setecentos e noventa bilhões de dólares e uma população de cento e oitenta e sete milhões de habitantes. Onde você viu a vantagem da China? Seu PIB é quase três vezes o nosso mas sua população é sete vezes maior; assim, a renda per-capita do chinês é de cerca de mil setecentos dólares por ano e a do brasileiro de quatro mil e trezentos dólares. A verdadeira superioridade da economia chinesa sobre a nossa é que ela é, ao contrário do que se pensa, submetida à medidas provenientes de um planejamento rigoroso feito por um Estado soberano e forte.
2 - O Capital sem barreiras flui (como o vento e a água) da seguinte maneira: seus detentores alcançam lucros cada vez maiores enquanto que a maioria que vende sua mão-de-obra vê o seu trabalho valer cada vez menos. A parcela do PIB europeu destinada aos salários é hoje a mais baixa desde 1960, quando começou a ser aferida.
3 - Você diz que o lucro das empresas no Brasil é mínimo; acho que você não lê os balanços das empresas (a Vale do Rio Doce lucrou, este ano, vinte vezes mais do que o valor pelo qual foi "privatizada), dos Bancos (leia, é uma vergonha), do setor de serviços (a Telefônica, por exemplo), da industria em geral... A riqueza gerada pelo trabalhador brasileiro se traduz principalmente em lucros que remuneram os detentores do capital, que ainda assim acham-se prejudicados pelas leis trabalhistas, etc (tadinhos dos Ermírio de Moraes, dos Setubal, dos Jereissati, dos Diniz, morro de dó deles...). A coisa vai tão bem para esta gente aqui e alhures, que o banco norte-americano UBS chamou nossa época, em seu relatório aos acionistas, de "Era de Ouro do Lucro".
4 - A economia tem uma linguagem toda própria, realmente. Quando se trata de dinheiro aplicado em causas sociais, como o bolsa-família, a burguesia o chama de populista. Já quando os cofres do governo se abrem para salvar banqueiros e industriais falidos, acabam-se os nomes pejorativos, em lugar do "populismo" surgem os PROER, os empréstimos a juros de pai para filho do BNDES, etc.
5 - As únicas entidades que eu vejo perpetuarem-se no Brasil, desde que me tenho como gente, são os latifundios, as usinas e os usineiros, os capitais nacionais ou estrangeiros, os grandes cartéis e monopólios, os bancos, a plutocracia*, a grande burguesia do comércio... Sinceramente, nunca vi nenhuma liderança "populista' perpetuar-se no poder.
Companheiro, o neoliberalismo destruiu as conquistas sociais dos que trabalham, concentrou renda como nunca se viu antes na história, criou um número incalculável de desempregados que sobrevivem da forma mais primitiva possível, enfim, representou um retorno à Barbárie, como defendê-lo sem fazer parte da minoria de "profiteurs" que nele acharam seu nicho? (Falo de Arnaldo Jabor, Diego Mainardi, Clovis Rossi, Bárbara Gância et caterva).
Cordialmente
Euclides Oliveira.

* - Plutocracia, conforme o Aurelião é - "Dominação da classe capitalista, detentora dos meios de produção, circulação e distribuição de riquezas mediante um sistema político e jurídico que assegure àquela classe o controle social e econômico".

From: Eduardo Aguiar
To: Pitanga do Amparo ; atendimento@euclidesoliveiraarquiteto.com.br
Sent: Tuesday, November 28, 2006 10:33 AM
Subject: Re: Economia Euclidiana


Caros amigos,
Discussões político-ideológicas a parte, quem diria que há 25 anos atrás seria a China e não o Brasil o país que mais cresceria no mundo no séc XXI .
Lá, a prosperidade num país ainda pobre chega a maioria da população porque a maioria da população produz . O PiB da China é inúmeras vezes superior ao pib do Brasil .
Já o Brasil não cresce , vai continuar sem crescer . Isto é um fato.
Empresários e investidores não são bobos nem idiotas de investir num país que não tem chances ou boas perspectivas de crescer.
O capital externo ou interno é como o vento ou a água. Somente circula por onde não há obstruções. E o Brasil está cheia delas.
O empresário de uma empresa de pequeno ou médio porte no BRasil ao final do mês de trabalho fica em média com apenas 3 ou 4% do lucro lucro líquido de seu faturamento pois tem altos custos encargos sociais, despesas com juros, impostos , com procedimentos administrativos de alto custo , etc.. Além de ser visto pela maioria da esquerda populista como um usurpador .
Mas não nos esqueçamos que no Brasil é o governo que consome 40 % em impsotos sem dar nenhum serviço de qualidade em troca para sua populaçao, além de ter uma legislação trabalhista complicada e custosa, que talvez fizesse sentido no passado quando as empresas tinham lucros elevados, ao contrário do que ocorre hoje em dia.
Usurpador no Brasil é o governo e as lideranças populistas que vivem de dar falsas esperanças ao povo e a sociedade brasileira, por quereem distorcer os fatos e a realidade econômica do mundo com o objfetivo de se perpetuarem no poder.
Eduardo

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